Universidades nos Estados Unidos da América reveem seus vínculos com a escravidão
"A Universidade de Georgetown mudou o nome dos edifícios dedicados a
reitores que venderam escravos para saldar as dívidas do campus no
século XIX. Os edifícios Mulledy Hall e McSherry Hall serão chamados de
Freedom e Remembrance (liberdade e lembrança) até que se encontre um
nome definitivo. Na de Yale, os estudantes pediram que o mesmo seja
feito com a escola Calhoun, dedicada a um político sulista racista e
defensor da escravidão.
O movimento estudantil herdeiro dos protestos contra a violência policial que nasceu em Ferguson
em 2014 aponta agora para a fachada de dezenas de edifícios nos campi
que levam o nome de políticos vinculados à fase mais dolorosa da
história norte-americana. Suas reivindicações seguem a mesma lógica que
levou o Capitólio de Charleston, na Carolina do Sul, a retirar a bandeira confederada depois do assassinato de nove afro-americanos em uma igreja da cidade. [...]
Apoiados neste argumento, o movimento estudantil em Missouri, Yale e Princeton propõe uma forma de reparar os danos da escravidão.
Entre sua lista de reivindicações, além de mudar fachadas, está
incluído o cálculo de quanto ganharam ou economizaram as universidades
graças à mão de obra escrava, ajustar o valor à inflação e investi-lo em
bolsas de estudos".
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