Mônica Santana: "Cada vez mais que leio, que estou entre mulheres negras, que
me aprofundo na discussão, me sinto mais forte e menos fragilizada pelas
rejeições e fortalecida num ambiente de cooperação. Tratar desses temas não é
fácil, porque o âmbito do amor e da afetividade parece que não é penetrado pela
sociedade e pela política – pelo menos nas nossas ilusões. E conversar com
outras mulheres sobre isso, tanto pior com os homens, é muito difícil, pois as
pessoas logo atribuem suas pontuações a questões como complexos, recalques –
que são bem legítimos diga de passagem.
É sempre um exercício exaustivo, mas me disponho a conversar sobre. Acho que é
muito poderoso podermos falar de amor, afetividade, solidão, numa perspectiva
política".
- Liniker: "Sou negro, gay e pobre e tenho potência também"
"As músicas ficaram muito cênicas, assim como o arranjo e a
interpretação. E aí estou de batom, de brincão… Eu me visto assim no meu dia a
dia e sentia que precisava mostrar isso para o público, ser o mais transparente
possível. Por que colocar uma calça jeans e uma camiseta e mostrar meu trabalho
só com a voz? Meu corpo é um corpo político. Preciso mostrar para as pessoas o
que estou passando. “Este é o Liniker, um cara pode usar um batom, turbante e
cantar”. Isso não me distancia de nada. Sou um artista deste porte".
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