quinta-feira, 19 de novembro de 2015

ciladas da identidade



Gostaria de relatar aqui uma experiência vivenciada em 2008 em instituição para adolescentes que cumprem medida socioeducativa. Na época, foi solicitado que preenchessemos uma ficha junto com os adolescentes, onde constava a COR com a qual eles se identificavam. Não me recordo bem, mas provavelmente era um levantamento da instituição, solicitado pelo grupo do Quesito Cor - que era responsável pela aplicação de atividades voltadas para as questões sobre racismo, história e cultura afro-brasileira, e temas afins.
Me recordo que na época não entendi a postura de um dos adolescentes que visualmente era de decendência asiática, inclusive pai e mãe eram japoneses e o mesmo se auto-declarou NEGRO. Obviamente passei um tempo refletindo sobre essa declaração e hoje particpando dessa disciplina e das discussões vejo mais sentido nessa declaração e consigo situá-la em um contexto totalmente lógico, diferentemente do contexto de passivo e unilateral no qual eu me encontrava naquele momento.
Esse caso é um pouco diferente do que vemos por aí, mas nos proporcionou um debate sobre racismo, sobre formação de identidade e pertencimento a uma comunidade específica.

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