Gostaria de relatar aqui uma
experiência vivenciada em 2008 em instituição para adolescentes que cumprem
medida socioeducativa. Na época, foi solicitado que preenchessemos uma ficha
junto com os adolescentes, onde constava a COR com a qual eles se identificavam. Não
me recordo bem, mas provavelmente era um levantamento da instituição, solicitado pelo
grupo do Quesito Cor - que era responsável pela aplicação de atividades voltadas
para as questões sobre racismo, história e cultura afro-brasileira, e temas
afins.
Me recordo que na época não
entendi a postura de um dos adolescentes que visualmente era de decendência
asiática, inclusive pai e mãe eram japoneses e o mesmo se auto-declarou NEGRO.
Obviamente passei um tempo refletindo sobre essa declaração e hoje particpando
dessa disciplina e das discussões vejo mais sentido nessa declaração e consigo
situá-la em um contexto totalmente lógico, diferentemente do contexto de
passivo e unilateral no qual eu me encontrava naquele momento.
Esse caso é um pouco diferente do que
vemos por aí, mas nos proporcionou um debate sobre racismo, sobre formação de
identidade e pertencimento a uma comunidade específica.
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